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1ª TEMPORADA

SINOPSE

COSTUMO DIZER QUE QUANDO SE É CERTINHO DEMAIS, é raro você fazer alguma cagada, mas nos raros casos em que isso acontece (porque acontece com todo mundo), você percebe que qualquer esfoço, é inútil, e que você não saiu da linha, ou o que quer que seja, pois quando se é certinho demais você não sai da linha, você cai do caderno.

 

Você conhece alguém certinho demais e que usa sempre a desculpa dos princípios pra tudo que tem medo de fazer? Alguém que adere essa “cultura” com o único intuito de manter-se na linha, mesmo sabendo que nada é para sempre? Conhece alguém assim? Sim? Não? Então: Muito prazer, esse cara sou eu! 

 

Eram exatamente 9:45am quando olhei o relógio pela primeira vez e mesmo que ainda estivesse um pouco desnorteado, sem saber ao certo qual problema resolver primeiro, comecei a amadurecer uma ideia que provavelmente despertaria a bela adormecida na minha cama.

 

Eu tinha que acordar aquela garota de qualquer jeito e fazer com que ela saísse o mais depressa possível dali. Então analisei o ambiente, e resolvi testar o home theater, baixinho mesmo, antes de fazer qualquer alarde. Pluguei o flash drive e comecei a procurar uma música que a fizesse despertar. Logo, logo encontrei uma que faria bem o serviço.

 

O sistema de som do meu quarto era quase perfeito, a acústica então... Havia duas caixas de som em forma de bastão, postas em cada um dos lados da cama e as demais espalhadas estrategicamente pelo quarto. Certificando-me que estava tudo em ordem, coloquei pra tocar no ultimo volume uma música do AC/CD, a música era “Back in Black”... A resposta foi quase instantânea.

 

Ao acordar meio assustada e desorientada, Ela ficou de joelhos sobre a cama com o cobertor em volta do corpo, deixando somente o rosto a mostra, me encarou e em seguida silenciou-se... Da mesma forma que eu, como se estivesse tentando lembrar o que havia acontecido. Continuou me olhando por uns quinze segundos. E justo quando eu começava a pensar que ela estava com a mesma sensação que eu, fui surpreendido. 

 

Pulou no meu pescoço, entrelaçõu suas perns em minha cintura e me beijou. E logo em seguida sussurrou ela, com a voz meio roca e ofegante em meu ouvido:

 

- Você sabe mesmo as mil maneiras de me agradar, hein!? 

 

Hã!? Como assim? O quê!? Mil maneiras de agradar? Ia por água abaixo a minha primeira tentativa, e eu começava a caachar que não seria fácil tirá-la dali. Mas nem tudo estava perdido, pelo menos ela havia acordado...

 

Meio relutante, mas impotente e sendo surrado por seus beijos, eu me perguntava se aquela garota realmente existia. - A propósito, ela era mesmo linda, já mencionei isso? - E admito, ela beijava muito bem, mas ela precisava sair dali, ela tinha que sair dali. Tipo... Pra já!

 

Então meticulosamente eu a joguei na cama e comecei a beijar suavemente seu pescoço, dando ares de repeteco do que seja lá que tivesse acontecido na noite anterior. Acariciando minha nuca, correspondendo a tudo que eu fazia, ela começava a render-se e quando ela desapertou quase por completo o laço de pernas na minha cintura eu me levantei rapidamente e sai rumo à cozinha.

 

Pude perceber sua cara frustração, meio pasma na verdade, sem acreditar muito no que eu tinha acabado de fazer, e deitada de bruços sobre a cama, respirou fundo e disse:

 

- Você é bem escorregadio hein!? O que houve!? Vem cá! O que eu fiz de errado?

 

Dando as costas a ela, continuei andando e respondi:

 

- Vem, precisamos conversar... Agora!

 

Ela levantou-se, vestiu uma blusa minha e me seguiu rumo à cozinha...

A Ressaca - 004

Publicado em 08 de novembro de 2015 por Robson Rodriguez

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