“Que horas são?”, “O que aconteceu ontem à noite?”, “Quem me trouxe pra casa?”, “O que foi que eu bebi?”, “Onde estão as minhas roupas?”, “Que sinos são esses?”, “Quem é essa estranha deitada na minha cama?”, “E desde quando meu quarto virou um carrossel?”.

 

Ao acordar com estes questionamentos, Heitor Fernandes vê seus princípios aos poucos serem trucidados um a um, ao passo em que as lembranças surgem no sorriso de seu algoz, a ressaca.

 

Uma noite vaga na lembrança, uma esfíngica mulher em sua cama e uma ressaca que parece não ter fim ecoam em sua cabeça… O que fazer? Esperar? Planejar? Como agir? Saciar ou não a curiosidade? O tempo corre e cada segundo parece ser tão crucial quanto desafiador e preocupante.

 

O desencontro depois de um encontro nada comum espalha pelo chão do quarto indícios de uma história prestes a ser escrita (ou reescrita) –  a partir de uma bolsa feminina, ele sucumbe em meio ao pecado de não recordar-se –  no apartamento de um tipo que não perde a linha: despenca do caderno!